quinta-feira, 14 de outubro de 2010

·      Complexo  B i o U r b a n




O BioUrban


BioUrban para “Arte na Cidade”


Para onde Vamos








 Arte como infra-estrutura humana



·         Arte Pública –Intervenção Urbana

Biblioteca blica BioUrban
Escolablica BioUrban
Eco-ponto Público BioUrban
Praça BioUrban




Julho, 2010

O Projeto BioUrban nasceu do estudo apaixonado pela temática CIDADE. O estudante Jeff Anderson pós em prática o que deveria ter entregue como trabalho de conclusão de cursos em ciências sociais, na Pontifícia Universidade Católica – SP; e também em artes visuais, pela Escola de Belas Artes. Trabalho esse que desenvolveu amparado teoricamente por alguns dos maiores pensadores nas questões: espaço, cidade, arquitetura, urbanismo e arte.
Depois de uma pesquisa intensa, que perdurou por três anos, chegou á hipótese de que “a racionalização arquitetural e urbanística moderna no Brasil gerou gastos exorbitantes aos cofres públicos, criou o sistema panóptico, matou a metafísica e é ademocratico”.
Mantendo como ponto síntese toda a hipótese pautada sobre a cidade de Brasília desenvolveu, então, o contra exemplo que leva o nome BioUrban.



O BioUrban:

Na racionalização arquitetural e urbanística moderna, vemos em Brasília a separação nítida entre espaços utilizados pelo homem tal qual um presídio. A ausência de especificidade do morador e, acima de tudo, o forte controle social. A complexidade envolta a organização daquela cidade resumi-se a concentração de poder, da qual vigia sem ser vigiada. Pois encontra-se ha mais de mil quilômetros de qualquer grande centro populacional brasileiro. A democracia, por sua vez, pode-se compreender como sendo a participação política entre cidadãos e Estado, da qual não resume-se apenas ao direito do voto e sim nas decisões políticas. Elegemos representantes para que façam valer nossos anseios; não candidatos ao BigBrother as avessas que hoje é nosso Sistema Espaço Governamental. Não podemos chegar até Brasília, pois o sistema de transporte no Brasil foi idealizado e construído para uma pequena Classe com o auxílio da campanha desenvolvimentista adotada nos anos cinqüenta. É por isso que grande parte das importantes manifestações sociais que chegam até Brasília chegam caminhando. Marcham. O povo pouco se locomove – ao bel prazer do ócio - dentro do próprio país por não ter dinheiro suficiente nem para nutrir as necessidades básicas de saúde, educação, alimentação e/ou moradia. Muito menos para questionar. Quesitos esses que nossos BigBrothers deveriam lutar para que fossem atendidos. Mas não é o que acontece hoje: Brasil, 2010 – primeira década do século XXI.
A segunda capital do Brasil mudou de local por conta da pressão popular que sofria. Assim eles observam hoje, passivamente, ao que vem ocorrendo em algumas regiões da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. A ocupação de organizações criminosas que tomam, sob violência, comunidades inteiras e assumem serviços ao se apropriarem da estrutura do Estado. Criando assim para-governos. Alguns serviços vão desde a taxa de segurança até a aquisição da televisão a cabo. Os serviços têm variações de preços conforme o poder aquisitivo da família e severas punições a quem não paga, chegando até mesmo a expulsão da comunidade. O mesmo ocorre na cidade de São Paulo. As organizações criminosas são mais presentes na vida cotidiana de muitas comunidades que o próprio Estado.
Aliado a isso vemos uma causa freqüente em todas as comunidades: o descaso para com o espaço público, princípio básico para a instalação e permanencia de facções criminosas.  A ausência da educação cultural e do despertar do sentido de pertença para com o espaço público, em nossa formação brasileira, sempre deixou claro que existem espaços e Espaços. De “Casa grande & Senzala” passando por “Cidade Polifônica” até “Urbanismo em Fim de Linha” o espaço, no Brasil, é o reflexo do resultado da concentração de renda. Dos deslocamentos econômicos. Transpor essa visão é revolucionar a relação entre individuo e espaço, é o que o projeto BioUrban se propõe. Valorização do espaço comum, espaço público, arte pública.
Posto em prática em 2007 dentro do bairro Cambuci, em São Paulo, o BioUrban começou por uma área de grandes problemas aos que residem nas proximidades do escadão. Situada entre às Ruas Oliveira Lima e Silveira Campos, a passagem de mais de duzentos metros de extensão era tida como área perdida e de grande periculosidade por concentrar ali uma enorme quantidade de lixo, ratos, depósito de animais mortos, traficantes, consumidores de drogas (crack) e assaltos. Os usuários de crack que usam o escadão, como ponto de consumo, são novos ao local. Eles são frutos diretos do plano de reurbanização posto em prática pela Prefeitura de São Paulo de cujo nome é NOVA LUZ. O que está ocorrendo é o deslocamento humano do problema – Cracolândia - para áreas próximas à “Baixado do Clicerio”. O novo perímetro do crack em São Paulo.

As escadarias do Cambuci significaram a chance que uma faísca de reflexão trouxera onde um outro mundo é possível.  Assim, ergueu-se e enfrentou o escadão que se postava, a quem quisesse ver, tal qual o Ângelus Novus, de Klee. O local era image e semelhança do anjo que perecia estar se afastando de alguma coisa que contemplava fixamente: o lixo, o ódio e a inércia. Os olhos eram os mais de trezentos degraus arregalados, a lateral era a enorme boca aberta e as paredes estendidas como uma asa na vertical. O medo e a estética do abandono eram fatores que aliados a inércia do Estado resultavam no desvio do caminho para se chegar de um ponto ao outro. Ao seu lado direito, na Rua Silveira campos 475, existe um cortiço que abriga mais de quinze famílias. Todos migrantes. 49 pessoas sobrevivendo em um pequeno terreno. Ao lado esquerdo, ainda na mesma rua, a casa do senhor Jair Ferreira Lopes. Esses dois pontos foram inicialmente muito importantes para que o projeto BioUrban pudesse começar. Por conta da metodologia do projeto, o pesquisador e interventor urbano, Jeff Anderson,  habita o local proponente à intervenção urbana. Dessa forma consegue entender melhor e desenvolver sociabilidade entre todos os atingidos diretamente pela problemática. Pesquisa participativa e intervenção direta. Foi assim, e por isso, que se instalou em um quarto cozinha nesse mesmo cortiço, ainda no ano de 2007. O inicio do projeto teve primeiramente, como ação, a apropriação da historia local e trabalhos artisticos concomitantes ao desenvolvimento da limpeza da área visto que era um dos primeiros problemas enfrentados pela comunidade. Dessa maneira obteve conhecimento histórico da região, da qual, desde o Brasil Colônia e Pós-Independente, a região era mantida como ponto estratégico para a alimentação e descanso dos animais – cavalos e mulas - que subiam e desciam a serra. O trajeto entre a cidade de Santos e o primeiro Centro manteve-se por muitos anos até o deslocamento econômico, características importantes que constituem a historia nacional. A igreja da Glória, o Largo do Cambuci e a Rua Lavapés abrigaram e foram sedes de importantes acontecimentos. Foi lá que muitos dos ex-escravos constituíram seu primeiro lar livre trazendo muitas especificidades culturais ao bairro. O que mais tarde espanhóis e italianos só fizeram aumentar. É ainda nesse espaço, quase defronte as escadarias, na Rua Oliveira Lima que temos, como vizinho, uma base do Exercito – 4 CSM, 2 ICFEX, 3 CTA. Local esse, também, de grande importância histórica. A Revolta Paulista de 1924 (Revolução Esquecida ou Revolução de Isidoro) trouxe para essa região a historia da resistência e luta política. Os revoltosos, derrotados pelos Legalistas, se juntaram ao sul do país com a recém formada Coluna Prestes e assim percorreram – marcharam - mais de 35 mil Km para continuar com sua campanha reivindicatória pelo fim da Republica Velha e o direito de todos os brasileiros a ter o ensino básico gratuito. Golpistas, mas reformistas.
Ainda dentro das pesquisas da área, mantive a metodologia macro-histórica até chegar aos problemas contemporâneos. Assim também fiz com o macro-espaço, até chegar ao ponto do escadão. Tracei um circulo e estudei. As pesquisar antecedem a prática em três anos. Por conta disso levantei informações junto aos órgãos públicos da atual condição da micro área. Chegando, dessa maneira, ao curioso paradigma pós-moderno:
A área do escadão é publica, dá acesso entre as duas ruas acima citadas. Foi construída para abrigar uma galeria de esgoto e águas pluviais. Entretanto, a problemática não aparente que existe é a de que o Estado não reconhece a área como pública. Em mapas levantados na Sub-prefeitura da Vila Mariana parte do escadão não consta nos registros públicos. A prefeitura de São Paulo não reconhece a área como sendo publica por não ter realizado a desapropriação e indenização de parte do terreno do munícipe Jair Ferreira Lopes. Não o bastante, a prefeitura de São Paulo ainda cobra IPTU da área total do munícipe 035.025.0056-8 (espólio) e possui física e não legalmente a área da qual realiza a cobrança. Para aumentar o descaso e incompetência, a galeria de águas foi construída sob o preceito racional vertical. O Estado chegou, calculou, construiu e foi embora. Não perguntou e não manteve relações humanas com os moradores que nasceram ali e que conhecem muito melhor a área do que um aparelho topográfico e um técnico. O que resultou em um constante desabamento ao longo das décadas, levando parte da casa do senhor Jair e alagamento da casa do Emílio -  Rua Oliveira Lima. Nenhum aparelho ou têcnico podem medir a tristeza e descrença dessas pessoas quando vêem parte de seus sonhos irem embora com as águas da chuva e esgoto. Os principais aspectos que movem o conflito são a ilegitimidade do espaço em questão por análise municipal e, por conseqüência, a ausência de qualquer indenização para com o munícipe, além dos danos morais causados pelo pagamento integral do IPTU e pelo agravamento de suas dívidas.
De um lado o senhor Jair Ferreira Lopes, do outro a Prefeitura da Cidade de São Paulo. O primeiro questiona o órgão público judicialmente, enquanto o outro alega desconhecer a área e, portanto, tal questionamento por não constar nos mapas oficiais da prefeitura. É um Frankenstein.    
As fontes são provenientes da sub-prefeitura Vila Mariana. Outros documentos são do próprio envolvido no caso, alem da criação de outros por minha parte como registros fotográficos, filmagens e uma matéria no Jornal  Cambuci&Aclimação sobre o projeto BioUrban que cita a problemática do local.
 Ao se apropriar da história, partimos à intervenção Urbana:
Diferentemente ao que propõem a prática artística e política do “escrache”, então formado pelos integrantes de H.I.J.O.S - grupo formado pelos filhos de desaparecidos durante a última ditadura militar na Argentina (1976-1983). O que vi naquele local foi a possibilidade de realização do “escrache ás avessa”. O realizado no local foi justamente o contrário, entretanto com o mesmo fim último. Descobrir, tornar visível e evidenciar fatos que estavam desde muito por debaixo da terra, até questões das quais, uma delas, lesava um indivíduo munícipe. Tudo isso fora feito quando limpo o local, pintado, muitas plantas e com vida novamente. Quanto mais ficava bonito, mais problemas surgiam. Quanto mais limpo, mais descobria sujeiras. Assim, depois de limpo o local, o projeto BioUrban começou a criar canteiros paisagísticos – plantar e plantar - e oferecer oficinas de arte para todos que quisessem participar da reconstrução. Sendo o primeiro ateliê público de São Paulo, cuja organização é civil. Foi a maneira pela qual conseguiu reunir número suficiente para constantes mutirões. O intuito das oficinas era produzir material para expor no escadão – Arte Pública. Sendo assim, o que era mantido como deposito de lixo coletivo agora se transformara em um gigante ateliê a céu aberto. Foi assim que a primeira parceira surgiu. O posto de saúde do Cambuci com suas agentes comunitárias de saúde, certa vez, passaram pela área e gostaram muito do trabalho. Bastou para que um outro tipo de parceira fosse criado. Não mantemos nenhum vinculo formal/legal, mas foi com a ajuda delas que desenvolvemos mais oficinas e arrecadamos materiais junto aos moradores para o continuo processo de melhoramento, sociabilidade horizontal e Arte Pública. Ajuda que se fez acelerada e estendida após a matéria sobre o BioUrban no jornal do bairro. As pessoas agora conheciam oficialmente nossas intenções e elas eram debatidas na feira. Toda a equipe do posto de saúde já realizou oficinas no escadão. A gerência liberou duas agentes comunitárias para permanecerem no local duas horas por dia. O projeto BioUrban trouxe a possibilidade de permanecia humana e o desenvolvimento de prestação de serviços a todos da comunidade no ano de 2008.  Foi através do UBS (unidade básica de saúde) que o BioUrban construiu outra parceria bastante orgânica, a parceria com o PAVS (projeto de áreas verdes saudáveis - 2008) que é um braço da secretaria do meio ambiente – o local serviu como locação para a produção do documentário PAVS. Foi com o PAVS que o BioUrban conseguiu alguns materiais como terra adubada e uma lixeira para resíduos recicláveis – materiais utilizados na Favela Mauro. Oportunidade essa que motivou o desenvolvimento para a educação sócio-ambiental da comunidade. As sacolas plasticas contendo lixo agora já não eram mais arremessadas das janelas para o escadão.  
Todos os materiais utilizados no projeto BioUrban são frutos da coleta nas ruas, em caçambas de materiais de construção descartados pela própria comunidade e doações de outros que já tiveram utilização. A sustentabilidade se dá por meio da reutilização de tais resíduos que seriam despejados em nossos aterros.
Após nossa incansável ocupação e criação de Arte Pública, o escadão do Cambuci, no dia 09 de setembro de 2008 conseguiu com a Prefeitura e a Sabesp a reconstrução total da galeria de esgoto e água pluvial. O problema que persistia há décadas, por uma série de questões, entre outras o “jogo do empurra-empurra” do qual a Prefeitura alegava ser problema de responsabilidade da Sabesp, e vice-versa.  Fora finalmente resolvido. As empresas terceirizadas responsáveis são: Trajeto e Consorcio Pró Centro. A Prefeitura de São Paulo e a Sabesp se uniram para resolver o problema, por isso, duas terceirizadas trabalhando juntas e com a fiscalização de toda a comunidade. Deu certo. O problema submerso nós conseguimos resolver. Após o trabalho operário, sem treinamento adequado e educação estética, o escadão voltou a ser um malformado e amontoado de massa de concreto. A Prefeitura de São Paulo e a Sabesp destruíram toda a nossa intervenção artística de mais de um ano de trabalho coletivo. Porém a comunidade já esperava o resultado estético do trabalho oferecido como público. Nós tornávamos belo aquilo que estava podre para, justamente, chamar a atenção pública. Nós conseguimos o idealizado. A área não sofre mais com o possível desabamento. Entretanto, nossa arte fora o preço pago para a resolução de nossos problemas. A arte nos ajudou a melhor nossa estrutura.    
Ainda sobre novas parceria, o projeto BioUrban tem como característica a ocupação e desenvolvimento de lideranças local. Sendo assim, em um prazo de tempo o pesquisador/interventor se muda para outra área com problemas semelhantes: o uso indiscriminado do espaço como lixeira pública, áreas sem vida e perigosas que tragam consigo a estética do abandono.
Por isso, o BioUrban mudou-se - após conquista da reforma estrutural do escadão – para a Favela Mauro, no bairro da Saúde. Um desafio para o pesquisador/interventor que trabalhou, desa vez, com mais de três mil pessoas e morou no Centro Comunitário da Favela Mauro por um ano. Lá fora realizado o mesmo trabalho, embora algumas problemáticas tenham se repetido, grande parte dos problemas enfrentados por toda a comunidade e pelo pesquisador/interventor eram muito mais complexos. A começar pela presença de organizações criminosas e o constante e forte tráfico de drogas. Na Favela Mauro o método persistiu. Tornar visível os problemas esquecidos ou enterrados por meio do trabalho artístico coletivo e ocupação e cuidados para com o espaço público. Também fora construído a biblioteca BioUrban como pode ser visto em nossa canal no youtube: “Biblioteca BioUrban”.
As parcerias foram estendida novamente quando o CEI (centro de educação infantil) São Judas Tadeu acolheu o projeto e possibilitou a realização de oficinas com suas 120 crianças. Plantamos árvores, pintamos e colocamos tudo no escadão da Favela. Arte Pública.
A parceria com o PAVS continuou neste bairro, o que mudara foi o agente. A mesma coisa ocorreu com o posto de saúde, o que mudara foi o gerente e o nome do posto, desta vez temos o apoio do UBS Milton Santos.
O projeto BioUrban finalmente chegou onde acredita nascer a melhor forma arquitetural de sociabilidade da civilização ocidental: a Favela. Não em sua condição social, mas em suas relações humanas que são frutos da disposição urbanística com sua especificidade arquitetônica. A Favela possibilita ao homem reconhecer-se como tal. É a possibilidade do renascimento da metafísica. É a antítese de Brasília. É a sustentabilidade em sua construção. É a historia de milhões de brasileiros.
Assim, no final do ano de 2008 o BioUrban teve seu reconhecimento nacional e internacional quando
 Richard Burdett, diretor do Urban Age e professor sênior em Arquitetura e Urbanismo na London School of Economics, a Tata Amaral cineasta brasileira, diretora do premiado filme Antônia (2006), a Lisette Lagnado crítica de arte e curadora geral da 27a Bienal de São Paulo ("Como Viver Junto", 2006), o Fernando de Mello Franco, sócio e fundador do escritório de arquitetura e urbanismo MMBB, o Enrique Norten fundador da TEN Arquitectos & da Miller Chair of Architecture University of Pennsylvania, o Raí Souza Vieira de Oliveira fundador e diretor da Fundação Gol de Letra e ex-jogador da seleção brasileira de futebol e o Anthony Williams ex-Prefeito, Washington D.C. e CEO, Primum Public Realty Trust estiveram em campo e puderam observar e analisar o projeto em locus. O sociólogo e artista plástico Jeff Anderson teve a grande oportunidade de conversar com especialista de diferentes áreas destacando, como grande oportunidade, a conversa e análise de Lisette Lagnado como pode ser visto, tambem em nosso canal no youtube: “BioUrban, Urban Age”.
Em dezembro de 2008 o BioUrban é classificado como um dos melhores projetos para a América Latina no The Deutsche Bank Urban Age Ward São Paulo – que teve 133 grandes e importantes projetos inscritos. A premiação foi no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo Paulista, e o prêmio foi entregue pelas mãos do então Governador do Estado Professor José Serra. Neste mesmo local o BioUrban teve a oportunidade de ouvir e conversar com Richard Senett e Saskia Sachen que parabenizaram e contribuíram com valiosas observações ao BioUrban.
No ano de 2009, o Livro “BioUrban, Você Sente o que Explica?”, 239 páginas foi finalizado. Entretanto, não foi editado/publicado por falta de verba. O que será caso sejamos escolhidos como projeto ao “Arte na Cidade”.
Em 2010, o livro “Urban Creative Practice” – micro práticas de planejamento urbano – pela Technische Universitaet Muenchen – que tras o BioUrban como um dos projetos e prática revolucionária em pensar e intervir, por meio da arte, em micro espaços urbanos. O livro fora editado e lançado na Alemanha.  Assim como a finalização do documentário realizado na Favela Mauro enquanto aplicava BioUrban por lá, também pela Universitaet Muenchen.
A impressa Oficial lançará o livro contendo os projetos inscritos e com destaques ao ganhadores do Urban Age – sem data.



BioUrban para “Arte na Cidade”

O que queremos realizar no “Arte na Cidade” é a Reconstrução Estética Total do Escadão – Arte Pública. Seguindo a mesma corrente estética e filosófica do arquiteto e artista plástico austríaco Friedensreich Hundertwasser. Queremos também construir mais uma Biblioteca Pública BioUrban que abrigará, além das obras utilizadas nas pesquisas que antecederam a aplicabilidade do projeto (sociologia, arquitetura, urbanismo, historia, ciências políticas e arte – mais de 700 livros), todo o material construído coletivamente: fotos, depoimentos, historicidade oral da comunidade, textos, publicações nos jornais e a placa de menção honrosa concedida ao BioUrban pelo Urban Age. Assim, como também, todos os materias acumulados nesses três anos de trabalho e história prática – arte coletiva na favela e no escadão . Além de servir como ponto estratégico comunicacional da comunidade, para a formação e fortalecimento do espaço democrático, ao debate, exposições de idéias e centro de formação de aprendizes à conservação estrutural pública e a arte educadores mirins. Construiremos também o espaço Escola Pública BioUrban para ensinar Adultos a ler e a escrever-  ao ar livre. Para finalizar a estrutura física do Complexo BioUrban queremos construir o Eco-ponto Público BioUrban bem como a Praça BioUrban.
Os trabalhos serão, a seguir, discriminados minuciosamente e exposto o como se dará a sistemática de construção para cada idéia seguindo a ordem estabelecida pelas citações acima. Demonstraremos, com cuidado muito especial, seus apontamentos e importância ao aprimoramento da linguagem das artes visuais e importância para a comunidade que,  inseridas no micro planejamento urbano,  se tornam partes imprescindíveis a todos e quaisquer projetos que aspirem trabalhar a cidade como suporte. Pois entendemos que não existe “Arte na Cidade” sem o contexto urbano. Assim também como não há Arte Pública sem contexto social.


·         Reconstrução Estética Total do Escadão – Arte Pública
Após intervenção da Prefeitura – Gestão Gilberto Kassab, nas galerias de águas pluviais e esgoto, os problemas estruturais do escadão foram sanados estando o local apto para a criação permanente do modelo estético do qual defende BioUrban. Azulejos. Cores. Formas orgânicas. Radicalização opositiva à linha reta. Manifestação expressiva plural. Teoria das cinco peles. Manifesto à Janela. Trabalho coletivo. Arte Pública.
Somente a Rua Silveira Campos, uma rua sem saída que não ultrapassa os 200 metros, abriga mais de cinco cortiços. A densidade populacional dessa rua é a mesma que qualquer outra rua com altas torres de edifícios. Temos lá um condomínio público sem área verde e sem área de lazer para uma população esmagada em quartos/cozinhas com seus mais de três filhos. Todos dormem entre as mesmas quatro paredes. O que predomina é a cama de casal, duas beliches, fogão, televisão e geladeira. Não sei ao certo quantas crianças e adolescentes tem somente nesta rua, mas tenho certeza que ultrapassa o número 50. Muitos completaram ou contemplarão os 16 anos ainda em 2010. Meu trabalho com eles começou em 2007, quando enfrentavam o inicio da adolescência. Hoje vivem em plena crise da fase humana, agravada por não ter suporte familiar estruturado. A construção estética da Arte pública começa quando conhecemos o espaço e as pessoas.  
Seguiremos um Sul e começaremos a Intervenção Urbana por meio da limpeza, ao regressar à casa do BioUrban. O escadão foi o início do projeto, o laboratório e a incubadora. Desde o começo o pesquisador/interventor urbano Jeff Anderson sempre foi muito bem recebido por todas as casas em que bebeu do café da tarde. Foi por meio desse jeito brasileiro e muita prosa que conseguiu a confiança das pessoas, soube seus sonhos e aspirações de felicidade. Projeção de futuro. Conheceu cada morador, pelo nome. Todos desde o início, a começar pelas crianças, acreditaram no BioUrban. Acreditaram por uma questão muito simples: BioUrban é o resultado da sociabilidade vivida no espaço público e trabalho coletivo. Em prol do espaço público.
 Alugaremos um quarto por 12 meses no mesmo cortiço. Ele servirá como habitação, estúdio e depósito temporário aos materiais e ferramentas utilizados para o primeiro processo, o de limpeza: vassouras, luvas, sacos de lixo e ferramentas de jardinagem. Poteriormente, materiais de construção: cimento, massa corrida, tinta, azulejo, areia, argamassa, etc.
Na primeira semana, após confirmação do edital, convocarei uma reunião comunitária para expor que conseguimos a seleção do “Arte na Cidade” e daremos inicio ao trabalho de reconstrução estética do escadão. Todo o processo é filmado, fotografado e disponiblizados no canal no youtube e em sites especializados em arte contemporanea. O trabalho a ser feito nessa primeira fase é a criação de desenhos orgânicos nas laterais e degraus do escadão. Por toda a escadaria.
O que pretendo, ao regressar ao ponto e origem do BioUrban, é a criação da identidade visual do projeto. Por isso a preocupação maior com a estética. Passei por um ano colocando em práxis o modelo idealizado dentro da biblioteca da PUC. Durante esse primeiro ano de BioUrban, no escadão, construímos o essencial: o alicerce para toda a construção que queremos fazer na comunidade. Nossas relações estão solidificadas e firmes. Nós nos conhecemos. Sabemos a historia e o motivo da ocupação daquele espaço como lar. O que queremos fazer agora é um trabalho com muito mais amor.
O primeiro passo, para atender o quesito de abertura pública dentro do prazo estabelecido pelo edital, é intervir com azulejos criando mosaicos em toda a escadaria – dois paineis de 9 metros por 12 e 107 degraus. Trabalho artistico como pode ser visto nas fotos enviadas à banca julgadora. Vale lembrar que essa estética é produto direto da coleta em caçambas de contrução.  O que fica evidente é que quando trabalharmos com a possibilidade de aquisição dos nossos materiais e cores teremos a composição estética da qual acreditamos ser o ideal para a propagação de nossas idéias para além das fronteiras: Habitação Social e Oposição à Racionalização Arquitetonica e Urbanistica Moderna. Nossa arma é a arte. 
Assim como a intervenção nas janelas do cortiço e da casa do senhor Jair – “Direito à janela, Fridensreich Hundertwasser”. O escadão estará aberto ao público dentro do prazo exigido: 6 meses.
A contribuição ao aprimoramento da linguagem das artes visuais no Brasil é a propagação da filosofia Hundertwasser (ambientalista), assim como,  o dialogo estético direto com uma obra especifica: Hundertwasser Haus Vienna, 1986. Sendo parte do patrimônio artistico e cultural da Austria, essa obra é de grande importância pois se trata de uma obra de arte da qual as pessoas podem morar. É habitação popular. Estive no local para conhecê-la em 2006. Gostariamos de construir o dialogo com essa obra visto que o Brasil passará, nos próximos anos, por grandes transformações urbanas das quais, até o presente momento – “Minha casa, Minha Vida”, não se apresentou como política pública que pudesse expressar a estética nacional. Ainda estamos contruindo conforme preceitos verticais de opressão. O Estado oferece aquilo que acredita ser o ideal, mas não consulta o povo para conhecer seus anceios e subjetividades. Nem muito menos confere a ele a possibilidade de participação construtiva nesse processo. O que vale é o contrato. Podemos, com a ajuda do “Arte na Cidade” construir a reflexão sobre o método de construção estético, pois o BioUrban é um projeto que trabalha com o coletivo e tem como base a residência artistica. São multiplas mãos trabalhando em prol do espaço público. São muitas cabeças refletindo e opinando diferente e diretamente na construção do espaço comum. É uma orquestra de cores e formas. Vozes cidadãs.
A composição estética, como já citado acima, terá um Sul, mas o resultado final do trabalho será de autoria coletiva. Serão mulheres, homens, jovens e crianças da comunidade que deixarão suas marcas no espaço público quando incitados à reflexão e expressão de nossa identidade nacional. O micro-espaço em questão abriga, sobretudo: Nordestinos, Paranaenses, Paulistas, Mato-grossenses e Mineiros.  É um processo gradativo que já começou em 2007 neste espaço proponente à nova intervenção Urbana BioUrban. Agora serão dois paineis de nove metros por doze e cento e sete degraus de interenções artisticas.
Intervenão Urbana é arte comtemporanea. São artistas do final do século XX e inicio do XXI com engajamento político e ambiental que entendem a cidade como suporte artístico.
O BioUrban faz parte do ARTEVEN.ORG – Rede Iberoamericana de Arte Comtemporanea  - financiado pelo Governo Espanhol.


·         ► Biblioteca Pública BioUrban
Construiremos a Biblioteca Pública BioUrban na Rua Silveira Campos. O local que será destinado à Biblioteca é a garagem do senhor Daniel que gentilmente nos cedeu o espaço para a instalação. O senhor Daniel é escritor, mineiro e resistente, pois conserva a estética das letras batidas a máquina. É comum, ao passarmos pela rua, escutarmos de sua janela, o barulho “tec” das teclas em aço batendo suas historias sobre as folhas. A Biblioteca Pública BioUrban antes de nascer já posssui inúmeros apaixonados pelas letras e possibilidades que o espaço pode trazer. Pois é nesse espaço que realizaremos o ensino teórico aos jovens arte-educadores para esses possam, além do viver a construção estética, trabalhar no escadão. Serão aulas específicas com professores em distintos assuntos, pois temos uma rede colaborativa de graduados e mestres pela Pontificia Universidade Católica-sp que nos ajudarão para que esse item seja atentido com a maior qualidade existente. É de interesse também criar uma parceria com a primeira biblioteca voltada a questão ambiental de São Paulo, situada no Parque da Aclimação – oito quadras do escadão. A Biblioteca Raul Bopp será nossa parceira em materiais teóricos e disponibilização do espaço para palestras e seminários sobre as questões comunitárias levantadas pelo trabalho BioUrban. Queremos que as duas bilbiotecas sejam unidas pela linha orgânica que o interesse ambiental e artistico possam juntos traçar. Criaremos estreitos dialogos entre os dois espaços.     
O trabalho físico que teremos é pintar as paredes da garagem, construir estantes em madeira rústica afixadas à paredes, mesas e cadeiras, iluminação, criarmos intervenções artisticas com ajulejos em alguns pontos, designarmos o nome em azulejo “Biblioteca Pública BioUrban” à fachada da casa e colocarmos um portão. Além, claro, de prepararmos os jovens responsáveis pela administração do espaço. O espaço para a biblioteca é um espaço pequeno. Assim que inaugurarmos o escadão passaremos para a intervenção e construção da Biblioteca Publica BioUrban. A casa do senhor Daniel fica a cinco casa do escadão.

·         ► Escola Pública BioUrban
A Escola Pública BioUrban será construida no próprio escadão. Entretanto esse trabalho somente será possível quando toda a infra-estrutura estiver sido realizada: todas as intervenções artisticas.
Para a realização desse trabalho precisaremos de materiais escolares, cadeiras e mesas a serem dispostas no escadão. Assim, reunirei alguns amigos voluntários que já trabalharam na Alfabetização Solidária com experiência até mesmo em paises africanos para nos ajudar a aplicar a Escola Pública BioUrban.
Essa idéia me veio quando conheci os pais das crianças que passavam o dia comigo no escadão e pelo tratamento, muitas vezes violento, entre eles. Todos. Eu digo Todos. Todos os pais tem algum tipo de déficit educacional básico (ler e escrever, matemática básica). Conversando com eles foi que percebi a vontade que emanava de suas falas quando se referiam ao sonho de saber ler e escrever. Entretanto, por conta de inúmeras barreiras, entre elas a vergonha, foi que percebi que a carência não era sanada por esse grande motivo. As mulheres são as que mais tem vontade de aprender, mas são as que mais sofrem com a vergonha. Basta disponibilizarmos esse serviço comunitário para que o primeiro grupo de 10 mulheres seja formado. Nos dias quantes e sem chuva ocuparemos o escadão. Fio e/ou chuva ocuparemos a biblioteca. Esse encontro proporcionado pela Escola Pública BioUrban com os pais das crianças e adolescentes envolvidos na construção do projeto nos permitirá à aprofundação do ensino dos próprios filhos.  Para o éxito do projeto é necessário conhecer e trabalhar com toda a família.   
A iniciativa vem acompanhada de outras que farão parte do complexo BioUrban para que todo o espaço do qual intervirmos artisticamente seja utilizado pela própria comunidade e traga rotatidade e permanencia ao espaço público. Todo o preceito vem para acentuar a vontade do BioUrban em criar espaços cujos valores estão inseridos na  Cultura de Paz definida pela ONU.
Ainda no próprio escadão, queremos utiliza-lo como ponto de saida para o passeio ciclistico que sairá da Rua Oliveira Lima, passará pela Rua Independência, Largo do Cambuci, Rua Lavapés, Igreja da Gloria, Avenida Dom Pedro I e, por fim, o Museo do Ipiranga. Todo o trajeto é plano e de grande facilidade de locomoção. O que queremos é comprar 10 biciletas e oferecer o passeio que chamamos de “História Pedalada”. É por isso que precisamos, também, da Biblioteca Pública BioUrban para a formação de jovens aprendizes que circularão com os interessados nos passeios oferecidos de duas em duas horas aos finais de semana e feriados – fase experimental. Ofereceremos o passeio gratuitamente a todos os cidadãos. Formaremos jovens capazes de narrar a história do bairro mantendo uma visão crítica, criaremos oportunidade de inserção cultural e financeira ao jovem da própria comunidade.
A instalação completa da “Biblioteca Pública BioUrban”, assim como, a “Escola Pública BioUrban” e a “História Pedalada”  estarão finalizados e disponíveis a partir do 10º mês. E seguirão, subsequentemente, até os completos 24 meses de existência do BioUrban nesse espaço promovido pelo “Arte na Cidade”.


 ·         ► Eco-ponto Público BioUrban.
O Eco-ponto Público BioUrban terá espaço no escadão após conclusão de toda a intervenção artistica. Disponibilizaremos lixeiras – grande porte -  para a seleção de materiais bem como o processo de educação socio-ambiental realizado por durante todo o novo processo de intervenção – serão 10 meses de trabalho educativo. O Eco-ponto Público BioUrban será resultado final dos trabalhos de concientização e prática comunitária. Uma vez sabido que o local sofria com o constante despejo de lixo domestico e descarte para móveis (cama, guarda-roupa, sofa). Haverá jovens, previamento orientados, responsáveis pelo funcionamento e manutenção do Eco-ponto Público BioUrban, instruindo a comunidade e participando da seleção dos materiais. Faremos também parceiras com as inumeras cooperativas de reciclagens que estão próximas ao escadão – baixada do clicério - para a doação do material previamente reciclado por nós comunidade. Os jovens estarão envolidos desde a coleta seletiva até o processo semi-insdutrial que esses materias sofrem ainda nos galpões pelo Cambuci, portanto a orientação e fiscalização dos jovens envolvidos a esse tema será de fundamental importância ao próprio aprendizado. O Eco-ponto Público BioUrban somente estará em plena funcionalidade a apartir do 10º mês.
 O recipiente (lixeira) será fruto da doação/comodato da cooperativa da qual disponibilizaremos nossos materiais.


·         ► Praça BioUrban
Em frente a “Biblioteca Pública BioUrban” – cinco casas do escadão” existe uma pequena praça sem nome e utilizada, também, como lixeira pública. O que vamos realizar nesta praça e a sua revitalização e nomeação. Processo que marcará e será símbolo maior de nossa identidade BioUrban. Para isso precisaremos de plantas – florais, folhagens e terra adubada. Limparemos a praça, plantaremos e construiremos uma pequena intervenção em tijolos que a circundará de maneira que remeterá à imagem de uma coroa. Após a realização estrutural da pequena elevação em tijolos (60cm), interviremos com ajulejos a formar figuras orgânicas. Não será mais lixeira coletiva.
A praça BioUrban será o último trabalho estrutural realizado no espaço proponente a intervenção. Ele concluirá o que chamamos de Compexo BioUrban e estará pronto no 12º mês.

Para onde Vamos

Nosso maior anceio é continuar a aplicão e expansão daquilo que trazemos como ideal. Saimos do papel em 2007 e aplicamos a idéia em dois pontos dentro da maior e mais complexa cidade do Brasil. Agora queremos ultrapassar as fronteiras do território estadual e nacional. A possibilidade que o “Arte na Cidade” vem nos proporcionar é única. Pois com ela construiremos nossa identidade estética e assim poderemos aplicar os mesmos preceitos desenvolvidos em São Paulo e garantidos pelo Estado Brasileiro. Vamos, após Interenção Urbana no escadão, para a cidade de Bogotá, Colômbia. Cidade da qual o projeto BioUrban foi apresentado para a maior favela Colombiana – Bario Ramirez – e possui um grupo de estudantes interessados pelo projeto desde sua apresentação no Urban Age. A Universidad Nacional da Colombia – Bogotá -  é nossa parceira desde o início das pesquisas em campo (2009) como pode ser visto, tambem, em nosso canal no youtube.
Teremos o imenso orgulho de levar conosco o Brasão do Município e a logomarca da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.


Considerações

O projeto BioUrban tem a previsão de funcionamento por dois anos, caso seja de interesse público o projeto continuará por tempo indeterminado.
Como é possível perceber, todo o projeto tem a arte como sua principal força motriz e estrutura básica. Para que o desenvolver contemplativo tenha força, sustentabilidade e durabilidade.

Orçamento BioUrban



Materiais
Quantidade
Valor/unidade
Valor Total

Aluzulejo
1.000 mt2
R$  30,00
R$ 30.000,00
Argamassa
400 sacos – 20kg
R$    7,00
R$   2.800,00
Cimento
400 sacos
R$   23,00
R$   9.200,00
Areia
5 mt
R$   30,00
R$   1.500,00
Pedra
1 mt
R$   60,00
R$        60,00
Cal
200 sacos
R$   14,00
R$   2.400,00
Tijolo
4000
R$     1,00
R$   4.000,00
Tinta
20 latas - 18 litros
R$ 150,00
R$   3.000,00
Massa corrida
10 latas – 20 kg
R$   70,00
R$      700,00
Plantas


R$  6.000,00
Ferramentas jardinagem


R$   1.000,00
Mesas
10
R$ 100,00
R$  1.000,00
Cadeiras
40
R$ 150,00
R$ 6.000,00
Luminária
4
R$  100,00
R$    400,00
Plafon
4
R$ 199,90
R$    799,60
Pedreiro


R$ 40.000,00
Azulejista


R$ 30.000,00
Aprendizes
2 por 14 meses
R$ 510,00
R$ 14.280,00
Aluguel
12 meses
R$  400,00
R$ 4.800,00
Bicicletas
10
R$ 500,00
R$ 5.000,00
Edição Livro BioUrban
5.0000
R$     4,00
R$ 20.000,00
*Material Publicitário
Fotos/videos

R$ 5.000,00


TOTAL
R$ 187.939,60

*Material Publicitário - Fotografia/video                                                         R$  5.000,00  
(responsabilidade do Proponente – de acordo com o mínimo exigido pelo edital)